26 de set. de 2013

GranBio quer construir uma usina por ano até 2020


Os planos da GranBio incluem também ter 15 milhões de toneladas de "cana energia" própria até lá


Uma das pioneiras em etanol celulósico no Brasil, a GranBio começa pequena, mas com planos de voos altos. Até 2020, a empresa espera colocar pelo menos 1 bilhão de litros de etanol de segunda geração no mercado.
Para isso, planeja ter pelo menos 15 milhões de toneladas de "cana energia" própria nesse período. Se concretizado esse plano, a empresa se tornará uma das maiores processadoras de cana do país, pois, além de matéria-prima própria, a GranBio vai utilizar palha de cana e bagaço de terceiros.
A expansão ocorrerá aos poucos. A primeira usina começa a operar no ano que vem, com a produção de 82 milhões de litros. O plano é ambicioso: construir uma unidade por ano até 2020.
Um dos focos da empresa é o mercado norte-americano, que paga um prêmio pelo etanol de segunda geração.
"O nosso plano de negócios prevê que 50% da produção seja destinada para a exportação, mas esse percentual vai depender das condições de mercado", diz Bernardo Gradin, presidente da GranBio. Hoje, o mercado americano remunera bem melhor do que o brasileiro.
Para consolidar esse crescimento, a companhia faz parcerias em várias frentes, incluindo agrícola, pesquisa e tecnologia, industrial e logística, segundo Gradin.
Ele destaca as dificuldades nesse projeto, devido ao pioneirismo. Como ainda não existe escala comercial na produção de etanol celulósico no país, tudo é novo e precisa ser desenvolvido ou adequado a essa atividade.
Essa adaptação vai desde novas máquinas apropriadas para a coleta de palha da cana até alta tecnologia utilizada na transformação dessa matéria-prima em etanol.
Na área agrícola, a empresa já tem 26 memorandos de entendimento assinados com usinas que já atuam na produção de etanol para parcerias na segunda geração.
Apesar das dificuldades no desenvolvimento da nova tecnologia, Gradin acredita que conseguirá oferecer o etanol celulósico a um preço 20% mais baixo do que o atual.

Cana energia
A GranBio utilizará a chamada "cana energia". Com a variedade trazida de Barbados, a empresa diz que a matéria-prima é a mais adequada para a produção de etanol de segunda geração.
Além da alta produtividade, que em áreas irrigadas pode chegar a 250 toneladas por hectare, a "cana energia" é uma planta rústica, que exige menos água e insumos na produção, aponta a empresa.
Com investimento total estimado em até R$ 450 milhões, a primeira unidade está sendo erguida em São Miguel dos Campos, em Alagoas. Além da facilidade de coleta de matéria-prima na região, a empresa quer se aproveitar da logística favorável para exportação, por meio do porto de Maceió.
Essa tecnologia que a empresa busca abre outras possibilidades de uso além do combustível. Empresas como Basf e Toyota já fizeram contato com a GranBio para futura utilização de produtos advindos do etanol celulósico. A primeira quer produzir tinta "verde", enquanto a montadora visa substituir o petróleo em painéis e peças de automóveis, por exemplo. Fonte: NovaCana

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