20 de mar. de 2013

CTC enfrenta desafio de tornar competitivo o Etanol 2G


O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) deverá construir nos próximos meses a primeira unidade comercial de produção de etanol de segunda geração, o conhecido Etanol 2G. A nova instalação industrial vai usar a tecnologia desenvolvida pelo centro de pesquisa para transformar a celulose do bagaço e da palha de cana-de-açúcarem etanol. "O CTC saiu este ano do nível de laboratório. Tínhamos uma planta de demonstração e agora estamos instalando uma planta comercial, ou seja, em uma escala já plantada em uma usina que deve operar no final dessa safra e inicio da safra que vem já em uma escala semi-comercial", explica o gerente comercial do CTC, Luiz Antônio Dias Paes. Hoje, o Centro de Pesquisa trabalha com a "Cana-Energia" tipo 1 - que ainda conserva uma quantidade de sacarose significativa - e "Cana-Energia" tipo 2 - basicamente com celulose, com o mínimo de sacarose. "Essa linha é muito promissora. Os estudos estão bastante avançados, deveremos liberar em breve essa cana", comenta lembrando que essa cana também pode ser voltada para produção de energia elétrica. Para o gerente comercial, não se pode descuidar de tecnologias com promessas significativas em detrimento de projetos com ganhos nas tecnologias existentes. "Acho que as coisas não são excludentes. O nosso desafio hoje não é mais técnico, é um desafio de ganhar rendimentos para reduzir custos porque a gente já produz em escala oetanol de segunda geração, ele precisa se tornar competitivo. Se hoje o etanol de primeira geração anda com margens bastante apertadas, o desafio se torna ainda maior para o etanol celulósico", diz.

Unidade Etanol Celulósico

A primeira unidade de produção de Etanol 2G em escala de demostração do CTC deverá ser acoplada à planta de etanol de primeira geração já existente na Usina São Manoel. A meta é que a unidade permaneça em fase de demonstração durante 12 a 18 meses e que produza 3 milhões de litros do biocombustível por ano.Os recursos que serão investidos no projeto fazem parte das captações em curso pelo CTC. Em janeiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) assinaram contrato com o CTC, que receberá inicialmente R$ 227 milhões em crédito da Finep. O contrato foi assinado no âmbito do Plano Conjunto de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (PAISS), criado para apoiar projetos que tragam inovação no uso do bagaço da palha de cana. Valores suplementares já estão em negociação por meio de subvenção econômica e pela linha Finep/Cooperativo. Fonte: Udop

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