13 de set. de 2012

Turbinas eólicas podem suprir demanda global de energia, afirma estudo

As energias renováveis já conquistaram o mercado. Aplicadas em residências e empresas, as alternativas podem ser mais eficientes do que muitos especialistas acreditam. Uma nova pesquisa diz que a energia do vento pode abastecer todo o planeta. O estudo foi publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), na última segunda-feira (10). O entrave é que seria necessário um investimento em estrutura muito grande para que todo o potencial da energia dos ventos fosse aproveitado. De acordo com o engenheiro e autor do estudo, Mark Jacobson, a instalação em terra e offshore de 1,5 bilhão de turbinas eólicas resolveria a questão. Especialistas dizem que a proposta não é viável. "Isto é muito mais do que se precisaria para atender às demandas atuais de energia globais", afirma. Para Jacobson, mesmo com o aumento no investimento de energia eólica, a capacidade ainda é baixa. Ele estimou, por exemplo, que com quatro milhões de turbinas de cinco megawatts seria gerada metade da demanda energética em 2030. Mas, a energia sustentável ainda não é prioridade na maior parte dos países. "O mundo hoje produz de 70 a 80 milhões de carros todos os dias. Nós só precisamos de quatro milhões de turbinas a cada 30 anos", argumentou o autor do estudo. Outros especialistas contrapõem a tese. Este é o caso do pesquisador de energia do Laboratório Nacional Argonne, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, Audun Botterud. "Se o principal objetivo do mundo fosse fazer isto, provavelmente seria possível. Mas é uma questão de quanto se gasta em renováveis em comparação com outras prioridades da sociedade". Além da questão econômica, que inclui o gasto em construir linhas de transmissão, os céticos afirmam que há grandes desafios em gerir um sistema de energia eólica em larga escala. Um dos problemas refere-se ao armazenamento. "A estocagem ainda é muito cara e é um tanto limitado o quanto se é capaz estocar com as tecnologias existentes", afirma Botterud. Fonte: Ciclo Vivo

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