14 de set. de 2012

Etanol no laboratório


O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) vai construir uma planta em Piracicaba (SP) para pesquisar o aproveitamento do bagaço de cana na produção de etanol por meio do processo de gaseificação de biomassa. A estatal, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, está em negociação com o BNDES para obter recursos para o projeto, orçado em R$ 80 milhões. Os recursos seriam destinados a pesquisa. A obra deverá ficar pronta em princípio em 2015. O BNDES não entrará como financiador da planta. Os recursos ficarão no IPT, afirma o novo presidente do instituto de pesquisas, Fernando Landgraf. "O desafio é baixar o custo pela metade para viabilizar o processo de gaseificação para o etanol", diz. "Nosso foco não é hoje, quando até falta bagaço, mas a década de 20. A produção de cana continuará crescendo e o petróleo subindo de preço", afirma. Landgraf projeta expansão de cerca de 25% também nas parcerias da estatal com companhias privadas. O IPT atende em média 4.000 empresas por ano. Após a inauguração do laboratório de bionanomanufatura no mês passado, 30 empresas procuraram o instituto para pesquisar materiais em dimensões milhares de vezes menores que a espessura de um fio de cabelo. "O IPT avalia as propostas para iniciar as parcerias, mas os interessados são sobretudo dos setores de cosméticos e farmacêuticos, a maioria, brasileiros."

Nenhum comentário:

Postar um comentário