6 de jul. de 2012

Estudo indica não ter óleo em área do pré-sal

Um estudo sísmico recém-concluído em Londres sugeriu uma formação geológica sem óleo numa área do pré-sal da Bacia de Santos que antes era vista como promissora pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A agência programava contratar a perfuração de um poço no local por conta própria, por acreditar que a área poderia revelar um novo megacampo como os de Libra e Franco, usados no processo de cessão onerosa. A área estudada em sísmica fica ao sul do BM-S-22, campo já licitado que também chegou a ser anunciado como uma grande promessa do pré-sal e cuja exploração não foi à frente. A operadora Exxon chegou a gastar mais de US$ 400 milhões para perfurar três poços, junto com as sócias Petrobrás e a também americana Hess, antes de desistir da exploração. A concessão fica ao sul das descobertas Carioca e Guará, da Petrobrás. As apostas no potencial eram fortes também por estar perto de Pão de Açúcar, de estrutura geológica gigante. A sísmica ao sul desta área, contratada pela ANP, mostrou que o alto da formação geológica está seco, desaconselhando a exploração. A perfuração de um poço em lâmina d´água com profundidade equivalente poderia custar mais de US$ 100 milhões à agência. Seria a primeira vez que a ANP desembolsaria um valor desses para contratar a perfuração de um poço antes de uma licitação. Geralmente, o risco da perfuração fica com as petroleiras e o órgão apresenta apenas estudos sísmicos. Com o pré-sal, a ANP está mudando de estratégia. Pretende conhecer melhor e, se possível, valorizar as áreas antes de colocá-las ao mercado na 12.ª rodada de licitações. Dependendo do resultado, o órgão acredita que o investimento possa valer a pena. No caso de Libra, cuja perfuração foi encomendada pela ANP à Petrobás, as apostas foram bem-sucedidas e o campo sozinho pode ir a leilão por um valor estimado entre R$ 20 bilhões e R$ 22 bilhões. A ANP tem prerrogativa prevista em lei para contratar a Petrobrás para perfurar áreas da União. A única vez que isso aconteceu foi no processo da cessão onerosa, com os megacampos de Libra e Franco, mas a Petrobrás se dispôs a arcar com os custos. Fonte: UDOP

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