19 de mar. de 2014

GranBio atinge etapa final antes de vender etanol 2ª geração no Brasil


A primeira fábrica de etanol de segunda geração do Brasil está na fase final de preparação para iniciar operações em escala comercial, e aponta ganho de competitividade para usinas que adotarem esta tecnologia, disse um alto executivo da GranBio nesta terça-feira.

"O que estamos fazendo agora é o processo de comissionamento da planta, que é quando se faz a sintonia fina ajustando todas as áreas da planta para receber a biomassa e ter etanol dentro da especificação", disse o vice-presidente da GranBio, Alan Hiltner, no intervalo de seminário internacional de biocombustíveis.

Ele explicou que este processo de ajuste demora em média de 30 a 60 dias. Será após esta etapa que a empresa informará publicamente a data de inauguração da fábrica.

Esta primeira planta da Granbio, instalada no Estado de Alagoas, em consórcio com uma usina local, terá capacidade anual de produção de 82 milhões de litros de etanol.

O executivo ressaltou que a companhia deve começar com um volume menor e, gradativamente, atingir a marca de quase 7 milhões de litros ao mês. "Eu acredito que em alguns meses (a unidade atinja a capacidade no mês)", disse.

A partir daí, a empresa deve monitorar as condições de preços relativos para decidir se a produção será destinada ao mercado interno ou externo.

Ele explicou que o etanol de segunda geração, produzido a partir do aproveitamento da biomassa da cana (bagaço e palha), tem especificações iguais ao de primeira geração, não demandando adaptações para distribuir o produto internamente.

Contudo, se a venda for destinada aos Estados Unidos, por exemplo, a logística precisa ser adaptada porque o etanol de segunda geração é ambientalmente mais valorizado.

"Como o governo paga um prêmio para o etanol de segunda geração... Tem que ter segurança, então o caminhão precisa ser dedicado, o tanque de navio não pode misturar do etanol de segunda com o de primeira", explicou.

A fábrica é um primeiro passo para a companhia que prevê novos investimentos na área, que só virão após a inauguração desta primeira unidade.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vê potencial para o Brasil produzir até 130 milhões de litros na produção de etanol de segunda geração em 2015. O volume, contudo, ainda é pequeno, representando apenas 0,5 por cento da oferta total do combustível no país.

Fonte/mais informações: UDOP

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