21 de out. de 2013

Centro de Pesquisas em Engenharia planeja desenvolver motor a etanol com melhor desempenho

A FAPESP e a Peugeot Citröen aprovaram proposta para a criação de um Centro de Pesquisa em Engenharia voltado ao desenvolvimento de motores a combustão movidos a biocombustíveis.

O centro reunirá pesquisadores da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Mauá de Tecnologia e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que desenvolverão em conjunto um projeto de pesquisa voltado a criar conceitualmente um motor a etanol que apresente melhor desempenho do que os desenvolvidos nas últimas décadas no Brasil.

O projeto foi selecionado em uma chamada de propostas de pesquisa lançada pela FAPESP e pela Peugeot Citröen do Brasil Automóveis (PCBA).

O centro terá apoio da FAPESP e da Peugeot Citroën por quatro anos renováveis por mais seis anos – e tem como objetivo desenvolver motores de combustão interna, adaptados ou desenvolvidos especificamente para biocombustíveis, e sobre a sustentabilidade dos biocombustíveis.

Um comitê internacional – composto por pesquisadores do Paris Institute of Technology (ParisTech), do Instituto Politécnico de Turim, e das Universidades de Cambridge, do Reino Unido, Técnica de Darmstadt, da Alemanha, e da University College London, do Reino Unido – vai assessorar a condução do projeto.

Entre os temas que deverão ser investigados estão novas configurações de motores movidos a diferentes biocombustíveis – incluindo veículos híbridos, redução de consumo e de emissões de gases – e os impactos e a viabilidade econômica e ambiental de biocombustíveis.

“Pretendemos projetar conceitualmente, nos próximos quatro anos, um motor dedicado exclusivamente ao etanol, que apresente maior potência e seja mais eficiente do que o motor flex fuel existente atualmente”, disse Waldyr Luiz Ribeiro Gallo, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.

Os grupos de pesquisadores do ITA e da Escola Politécnica da USP, por exemplo, vão explorar aspectos relacionados à fenomenologia básica da combustão. Já os pesquisadores do Instituto Mauá de Tecnologia realizarão ensaios de motores modificados. Por sua vez, a equipe de pesquisadores da Unicamp atuará na área de simulação termodinâmica e desenvolvimento de conceitos, entre outras questões.

Polo de pesquisa em biocombustíveis
“As possibilidades excepcionais de desenvolvimento de qualquer tipo de biocombustível e o histórico com o etanol e os motores flex fuel posicionam o Brasil como um polo natural para realização de pesquisa nessa área”, disse François Sigot, diretor de pesquisa, desenvolvimento e design para América Latina da PSA Peugeot Citroën.

“O acordo FAPESP-PCBA criou uma parceria que tem sido essencial para os objetivos da FAPESP em desenvolver a ciência e a tecnologia no Estado de São Paulo, refletindo a dedicação da empresa ao desenvolvimento de pesquisa e tecnologia no país. A PCBA mobilizou especialistas do mais alto calibre na fase de análise, demonstrando a capacidade da empresa e sua clareza de objetivos em pesquisa e desenvolvimento”, disse Brito Cruz.

Mais informações/fonte: Fapesp

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