22 de mar. de 2013

Pré-sal pode atrair fornecedores alemães ao Brasil

O potencial de negócios a partir das atividades de exploração e produção de petróleo na camada pré-sal pode servir de estímulo para atração de fornecedores alemães de navipeças para o Brasil. A avaliação é do diretor-executivo do escritório fluminense da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (conhecida como AHK-RJ), Hanno Erwes. "A Alemanha é a maior exportadora de navipeças do mundo. O pré-sal, pela distância e profundidade, precisará de muitos navios e plataformas. Eu quero trazer os alemães como fornecedores para este mercado", afirmou Erwes, durante a cerimônia de posse do novo presidente da AHK-RJ, Sergio Boanada. Erwes explicou que a política de conteúdo local brasileira é natural e deve também servir de estímulo para as companhias alemães interessadas em investir no país. "Estimulamos a empresa a vir para o Brasil, criar parceria com outra empresa do mesmo seguimento e automaticamente atender o conteúdo local". Segundo o diretor-executivo, a alemã Thyssenkrupp "teve as suas razões" para colocar à venda a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). "Só posso lamentar. Foi o maior investimento privado alemão no Rio de Janeiro nos últimos 20 anos. Mas o caso da CSA é mais conjuntural", disse Erwes, citando o nome de outras empresas alemães, como a Bayer, com investimentos expressivos no Brasil. "E a E.On, que está acreditando no projeto de Eike Batista", ressaltou. O novo presidente da AHK-RJ, Sergio Boanada, diretor da Siemens no Brasil, ressaltou que o Rio de Janeiro tem um potencial para a "green economy", a partir de projetos de crescimento sustentável, consumo racional de energia e mobilidade urbana. "A Alemanha tomou uma decisão de cortar as suas usinas nucleares até 2030. E está desenvolvendo muitos esforços em energias renováveis. E o Brasil pode fazer intercâmbios nessa área", afirmou. Ele lembrou que o fato de o ano da Alemanha no Brasil começar em maio pode estimular parcerias entre os dois países no longo prazo. "O Rio é foco para todo mundo hoje. E para os alemães também", acrescentou Boanada. O mandado do presidente da AHK-RJ tem duração de dois anos, prorrogáveis por mais dois. Fonte: UDOP/ Valor Econômico

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