2 de jan. de 2013

Impactos mundiais das mudanças do uso da terra serão estudados



A disponibilidade de terra arável e para pecuária deverá diminuir globalmente nas próximas décadas, ao mesmo tempo em que será preciso aumentar a produção de alimentos para atender ao crescimento da demanda mundial e melhorar a conservação e a sustentabilidade dos recursos não renováveis, que são essenciais para atingir esse objetivo. Um grupo de pesquisadores de diferentes países, incluindo do Brasil, iniciará uma série de estudos colaborativos com o objetivo de aumentar a compreensão e gerar conhecimento científico para enfrentar esses três desafios concomitantes e inter-relacionados em escala mundial.Nos dias 17 a 19 de dezembro, eles se reuniram em São Paulo, na FAPESP, para participar do “Belmont Forum International: Call Scoping Workshop on Food security and land use change”.

O equilíbrio entre uso da terra e mitigação dos impactos ambientais causados pela atividade agropecuária foi apontado pelos pesquisadores participantes do workshop na FAPESP como um dos principais desafios para os próximos anos. De modo a contribuir na busca de soluções para o problema, as propostas de pesquisa que serão apoiadas na segunda chamada do Belmont Forum deverão tentar responder, entre outras questões fundamentais, como os atuais padrões de demanda por alimentos afetam o uso da terra, a biodiversidade e a segurança alimentar. Outra pergunta é quais serão as consequências das mudanças no uso da terra sobre os serviços dos ecossistemas e da biodiversidade e como irão afetar a disponibilidade e o acesso aos alimentos.

Participaram do encontro na FAPESP representantes de seis países signatários do Belmont Forum: Brasil, Estados Unidos, Canadá, Japão, África do Sul e Inglaterra. Outros seis países integram o grupo, além de diversos mais interessados em participar da chamada. “Estamos tentando construir a maior aliança possível de países para otimizar a utilização dos recursos que serão aplicados na chamada”, disse Victoria.

Chamada em 2013

A primeira chamada de propostas do Belmont Forum foi lançada em abril de 2012 e contou com recursos de cerca de 20 milhões de euros, dos quais 2,5 milhões foram investidos pela FAPESP, sendo 1,5 milhão de euros para projetos de pesquisa sobre segurança hídrica e 1 milhão de euros para pesquisas sobre vulnerabilidade costeira. Os projetos serão executados por pesquisadores do Estado de São Paulo nessas áreas em parceria com pesquisadores de, pelos menos, outros dois países participantes do fórum. Os valores para a segunda chamada serão definidos em 2013, durante reunião do Belmont Forum em fevereiro. Pesquisadores ligados a instituições de ensino superior e de pesquisa, públicas e privadas, no Estado de São Paulo poderão participar da chamada. 

Fonte/mais informações: Fapesp



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