26 de nov. de 2012

Brasil precisa `dobrar´ produção de cana para atender demanda mundial



As lavouras de cana-de-açúcar no Brasil precisarão, até 2020, ocupar o dobro de área plantada na atual safra, para atender a demanda mundial de açúcar e etanol, chegando a algo próximo de 1,2 bilhão de toneladas por ano. A informação é da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Conforme a Unica, só assim será possível manter uma participação de 50% do mercado mundial de açúcar, abastecer metade da frota doméstica de carros flex e exportar etanol para os principais mercados estrangeiros. "Podemos atingir esta meta, desde que haja políticas públicas que reconheçam o potencial de um segmento responsável por gerar oito vezes mais emprego do que o petróleo no Brasil," comentou a assessora sênior da presidência da Unica para Assuntos Internacionais, Géraldine Kutas. Kutas discursou em um painel na 15ª Conferência World Ethanol and Biofuels 2012, organizada pela consultoria F.O. Licht´s, em Munique, na Alemanha, e que também teve as presenças do diretor de Negócios e Estratégias para o Açúcar e Etanol da Bunge, Simon Mitchell, do diretor da empresa Greenergy, responsável por 25% dos combustíveis distribuídos no Reino Unido, David Rees, e do presidente da Katzen Internacional, Phil Madson. Presente no evento de Munique graças à parceria da Unica com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Kutas teve a oportunidade de debater o atual cenário da produção mundial de combustíveis renováveis em mais três painéis durante a conferência, presidindo, ela própria, duas dessas sessões. Uma dessas sessões examinou o potencial do etanol de cana na Argentina, Paquistão, Quênia e Serra Leoa, e outra abordou o desenvolvimento de políticas públicas para consolidação da indústria de biocombustíveis. Ela lembrou, por exemplo, que no Brasil, o setor tenta recuperar a competitividade do etanol hidratado (abastecido direto da bomba) frente à gasolina, que nos últimos anos teve seu preço mantido artificialmente baixo, sem seguir as cotações internacionais do petróleo. As informações são da assessoria. Fonte: Udop

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